O ataque ao avião militar, perpetrado por separatistas pró-russos na noite de sexta-feira, em Lugansk, no leste da Ucrânia, provocou 49 mortos, disse à EFE uma fonte oficial ucraniana. “Agora, de forma preliminar, podemos falar de 49 mortos”, disse o porta-voz do Governo ucraniano para a operação antiterrorista contra os rebeldes, Vladislav Selezniov.

O avião militar, um Ilyushin-76, transportava um grupo de soldados, destacados para render outros na operação antiterrorista lançada há dois meses por Kiev contra os separatistas pró-russos. Segundo a agência ucraniana TSN, o avião transportava 40 paraquedistas da 25.ª Brigada Aerotransportada de Dnepropetrovsk, além da tripulação, formada por nove elementos.

“Os terroristas, cínica e traiçoeiramente, abriram fogo com uma metralhadora de alto calibre contra um Ilyushin-76 da força aérea ucraniana que transportava soldados e que se preparava para aterrar no aeroporto de Lugansk”, indicou o Ministério da Defesa ucraniano.

Lugansk, que se situa perto da fronteira russa, é a principal cidade de uma de duas regiões do leste da Ucrânia atingidas por uma onda de violência separatista que autoproclamou a sua independência de Kiev. Pelo menos 270 pessoas, entre soldados ucranianos, separatistas e civis, foram mortas na operação “antiterrorista” lançada, a 13 de abril, para eliminar o levantamento armado separatista nas regiões pró-russas de Lugansk e de Donetsk.

Nos últimos dias, os combate no sudeste da Ucrânia intensificaram-se, depois de um breve hiato no meio da semana, aparentemente motivado por esforços diplomáticos para pôr fim ao conflito armado entre as forças do Governo e os separatistas. O Ministério da Defesa ucraniano informou, na sexta-feira, a destruição de três colunas formadas por 40 terroristas na localidade de Stepánovka, na região de Donetsk.

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