O incêndio que lavra desde a madrugada deste domingo em Amarante já destruiu cerca de mil hectares de floresta das serras do Marão e da Meia Via, avançou à Lusa o presidente da câmara, José Luís Gaspar. “Este é um incêndio de grandes dimensões, que já percorreu muitos quilómetros”, disse, lamentando o prejuízo económico provocado com a destruição de tanta floresta.

“Ardeu muita floresta que não se esperava que ardesse. Estamos a falar de floresta com alguma maturidade, pronta a estar cortada. É um prejuízo incalculável”, acrescentou. Às 19h30, segundo o edil, já não havia habitações em risco, o que aconteceu devido ao trabalho dos meios no terreno.

“Não há risco de o incêndio chegar às populações. Durante todo o processo, a prioridade era evitar que as populações pudessem estar em risco”, salientou. Ao longo do dia, precisou, chegaram a ser mobilizados quatro aviões e um helicóptero no combate às quatro frentes de fogo, nas freguesias de Aboadela (onde começou), Olo, Fridão e Vila Chã do Marão. O vento forte e orografia acidentada dificultaram o combate.

O autarca disse esperar que, durante a noite, com a descida de temperatura, “a situação acalme”. “Os meios vão continuar no terreno durante a noite. Mesmo amanhã, terá de haver uma grande vigilância, porque a probabilidade de reacender é muito forte”, assinalou também.

Segundo a página da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) na Internet, às 19:00, no combate às chamas, com duas frentes ativas, estavam envolvidos 250 operacionais, entre bombeiros, sapadores florestais e outros elementos, apoiados por quatro aviões bombardeiros e 68 viaturas.

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