Os juros da dívida portuguesa estavam hoje a subir em todos os prazos em relação a quinta-feira, bem como os de Itália, da Espanha e da Grécia e ao contrário dos da Irlanda. Às 08h40 de hoje, os juros a 10 anos estavam em 3,563%, depois de terem terminado a 3,491% na quinta-feira e de terem descido até aos 3,323% a 11 de junho, um mínimo desde outubro de 2005.

No prazo a cinco anos, os juros estavam a subir para 2,289%, contra 2,237% na quinta-feira e depois de terem descido até ao mínimo de sempre de 2,102% a 9 de junho. A dois anos, os juros da dívida estavam a subir para 0,853%, depois de terem fechado a 0,848% na quarta-feira e na terça-feira, um mínimo de sempre.

A 17 de maio passado, Portugal abandonou oficialmente o resgate sem qualquer programa cautelar, depois de o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, ter anunciado a “saída limpa” a 4 de maio. O programa de ajustamento solicitado à ‘troika’ (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), no valor de 78 mil milhões de euros, esteve em vigor durante cerca de três anos.

A 5 de junho, o Banco Central Europeu (BCE) cortou a taxa de juro diretora em 0,10 pontos percentuais para o novo mínimo histórico de 0,15% e anunciou a realização de duas injeções de liquidez de longo prazo (quatro anos), em setembro e dezembro deste ano, no valor de 400 mil milhões de euros. Os juros da dívida soberana da Irlanda estavam hoje a descer em todos os prazos. Dublin terminou oficialmente, a 15 de dezembro passado, o programa de ajustamento solicitado em 2010 à ‘troika’, no valor de 85 mil milhões de euros.

Ao contrário, os juros de Espanha e da Itália estavam a subir em todos os prazos. Os juros da dívida da Grécia a 10 anos, o único prazo disponível daquele país, também estavam a subir.

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