O Ministério da Agricultura assegurou que nunca esteve prevista, nem se equaciona a plantação de eucaliptos nos blocos de rega do Alqueva, defendida pelo presidente da empresa gestora do projeto, segundo informação esta segunda-feira divulgada.

“Tendo em atenção a relevância do projeto de Alqueva para o setor agrícola e agroindustrial, nunca esteve, não está prevista, nem se equaciona qualquer iniciativa no sentido de plantar eucaliptos nos blocos de rega” do empreendimento, refere o ministério.

A informação surge na resposta do Ministério da Agricultura a uma pergunta do deputado do PCP eleito por Beja, João Ramos, sobre a eventual plantação de eucaliptos nos blocos de rega da área de influência do Alqueva.

A pergunta do deputado comunista surgiu após uma notícia do jornal Público, segundo a qual o presidente da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), José Pedro da Costa Salema, é “favorável” à plantação de eucaliptos na área de influência do projeto, como forma de garantir a sustentabilidade do “regadio social”, ou seja, de pequenas explorações agrícolas.

Na pergunta, João Ramos refutava “por completo” a posição do presidente da EDIA, considerando que “parece, no mínimo, pouco sensato que se pretenda promover a produção de matéria-prima para uma indústria [a da pasta de papel] em que o país é mais do que autossuficiente”, “ignorando” produções “essenciais e estratégicas”, que “podem ser produzidas nos perímetros de rega de Alqueva”.

 

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