A gigante farmacêutica francesa Sanofi anunciou esta quarta-feira a entrega do primeiro medicamento contra a malária, que usa uma versão semi-sintética do ingrediente principal, a milhões de pacientes em África, sinalizando também “uma nova era” contra a doença. A Sanofi disse que o desenvolvimento semi-sintético do artemisinin – a principal arma contra a malária – sinalizava “uma nova era” contra a doença que é propagada através das picadas de mosquitos.
O artemisinin é normalmente derivado de uma planta, mas as condições metereológicas podem afetar as colheitas, o que causa fortes variações no preço e frequentes falhas na distribuição.
De acordo com a Sanofi, foram feitos 1,7 milhões de tratamentos com a alternativa semi-sintética, que será enviada para o Burkina Faso, Burundi, República Democrática do Congo, Libéria, Niger e Nigéria nos próximos meses, no seguimento da 0luz verde’ dada pela Organização Mundial de Saúde em maio.
“Ao complementar a oferta de produtos de origem botânica, esta nova opção pode alargar o acesso ao tratamento de milhares de doentes com malária todos os anos”, disse a empresa em comunicado.
Segundo o último relatório da OMS sobre a malária, esta doença matou 627 mil pessoas em 2012, a maior parte crianças em África, havendo mais de 200 milhões de casos em todos o mundo.