Em 2013 o Montepio tinha quase dois mil milhões de euros em empréstimos sem garantias, revelou no sábado a SIC. Esta é uma das situações que está a ser analisada nas auditorias pedidas pelo Banco de Portugal (BdP). A SIC encontrou o valor desses empréstimos sem garantias no último relatório do banco e diz também que este tem vindo a subir, tendo sido registado, no espaço de um ano, um aumento superior a 500 milhões de euros.

O Banco de Portugal está a analisar as contas do Montepio para descobrir empréstimos que possam resultar em perdas, diz a SIC. Na sexta-feira soube-se que a investigação do BdP está a passar “a pente fino” a exposição do banco ao GES “na ordem dos 150 milhões de euros”, correspondentes a investimentos do Montepio “na hotelaria com a marca Espírito Santo” (120 milhões) e na Rio Forte (30 milhões). No dia 19 de julho, o Público tinha avançado que a exposição direta e indireta do Montepio Geral/Caixa Económica ao GES podia ultrapassar os 200 milhões de euros.

Na sexta-feira, o Público noticiou que a auditoria forense do BdP está também a analisar as relações do Montepio com a Ongoing e com empresas de construção de média e pequena dimensão. Em 2009, o mesmo jornal tinha revelado uma aplicação do Montepio de mais de 40 milhões de euros em veículos da Ongoing. O Público garante agora que a exposição do Montepio ao grupo de Nuno Vasconcellos e de Rafael Mora aumentou para cerca de 60 milhões de euros.

A peça da SIC diz ainda que no final do primeiro semestre o Montepio teve de assumir mais imparidades, que chegaram perto dos 300 milhões de euros e que pode ter de aumentar as provisões, dependendo dos resultados da investigação do BdP.

 

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