James Meyer, que foi assistente do artista norte-americano Jasper Johns durante quase 30 anos, confessou esta quarta-feira ser culpado do roubo de mais de duas dezenas de obras do seu antigo patrão. Jasper foi um dos líderes do movimento minimalista e um dos maiores artistas americanos da segunda metade do século XX — e é principalmente reconhecido pelas diversas pinturas e esculturas que criou da bandeira norte-americana.
Em 2013, James Meyer foi acusado de estar ligado a um esquema que envolveu o roubo de pelo menos 22 obras de Johns ao longo de seis anos. De acordo com o New York Times, Meyer retirou as obras, ainda por acabar, de diversas gavetas do estúdio do artista e vendeu-as a uma galeria de arte em Manhattan, alegando que as obras lhe tinham sido dadas pelo próprio Johns. Para tornar real a sua mentira, Meyer disponibilizou certificações falsas das obras e pediu ao dono da galeria que não tornasse esta história pública durante, pelo menos, oito anos. As obras acabariam por ser vendidas por quase 7 milhões de dólares.
Diante do juiz J. Paul Oetken, James Meyer reconheceu que as obras de arte não lhe pertenciam e que não tinha permissão de ninguém para as transportar. Meyer pode agora ser condenado a uma pena máxima de dez anos de prisão. Além disso, terá de pagar quase quatro milhões de dólares. A leitura da sentença está marcada para dezembro.