James Meyer, que foi assistente do artista norte-americano Jasper Johns durante quase 30 anos, confessou esta quarta-feira ser culpado do roubo de mais de duas dezenas de obras do seu antigo patrão. Jasper foi um dos líderes do movimento minimalista e um dos maiores artistas americanos da segunda metade do século XX — e é principalmente reconhecido pelas diversas pinturas e esculturas que criou da bandeira norte-americana.

TO GO WITH AFP STORY US-LIFESTYLE ART by PAOLA MESSANA A man views Jasper Johns' "Flag", 1960-66, estimated at USD 10 million to 15 million, on display April 29, 2010 at Christie's in New York. This belongs to the collection of Michael Chrichton, to be sold at the Post-War and Contemporary art evening sale at Christie's May 11.  AFP PHOTO/Stan Honda (Photo credit should read STAN HONDA/AFP/Getty Images)

Em 2013, James Meyer foi acusado de estar ligado a um esquema que envolveu o roubo de pelo menos 22 obras de Johns ao longo de seis anos. De acordo com o New York Times, Meyer retirou as obras, ainda por acabar, de diversas gavetas do estúdio do artista e vendeu-as a uma galeria de arte em Manhattan, alegando que as obras lhe tinham sido dadas pelo próprio Johns. Para tornar real a sua mentira, Meyer disponibilizou certificações falsas das obras e pediu ao dono da galeria que não tornasse esta história pública durante, pelo menos, oito anos. As obras acabariam por ser vendidas por quase 7 milhões de dólares.

Diante do juiz J. Paul Oetken, James Meyer reconheceu que as obras de arte não lhe pertenciam e que não tinha permissão de ninguém para as transportar. Meyer pode agora ser condenado a uma pena máxima de dez anos de prisão. Além disso, terá de pagar quase quatro milhões de dólares. A leitura da sentença está marcada para dezembro.

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