Mais de 20.000 pessoas podem ficar infetadas com o vírus do Ébola até se conseguir controlar a epidemia que está a assolar África Ocidental, diz a Organização Mundial da Saúde (OMS), no mesmo dia em que foi anunciada a morte de um médico que morreu a 22 de agosto em Port Harcout, uma cidade petrolífera no sul da Nigéria. É o primeiro a ter a doença fora da cidade portuária de Lagos, onde a doença se encontrava localizada.

“Foi realizada uma investigação minuciosa e as análises de laboratório mostraram que este médico foi morto pelo vírus do Ébola”, declarou na quinta-feira Onyebuchi Chukwu, ministro da Saúde nigeriano, citado pela AFP. “A viúva, que apresenta sintomas da doença, vai ser colocada sob quarentena e vai esperar pelos resultados”, acrescentou o ministro.

De acordo com um comunicado da OMS citado pela Bloomberg, o número de pessoas a adoecer cresce a olhos vistos — mais de 40% das infeções tiveram lugar nos últimos 21 dias. “Esta epidemia do Ébola continua a evoluir a um ritmo alarmante” e a Libéria, Guiné e Serra Leoa “estão a lutar para tentar controlar o crescente surto mas têm os seus sistemas de saúde seriamente comprometidos”, explica a organização.

O vírus já infetou mais de 3.000 pessoas e matou 1.552. Um outro surto do vírus Ébola, que não está relacionado com o surto em África Ocidental, foi confirmado a 26 de agosto na República Democrática do Congo. A OMS já anunciou um novo investimento de 430 milhões de dólares para tentar combater a doença.

 

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR