O presidente do Parlamento Europeu (PE), Martin Schulz, alertou este sábado, em Bruxelas, para o risco de a próxima Comissão Europeia ser rejeitada pelos eurodeputados por falta de mulheres na sua composição. “Precisamos de mais mulheres”, disse Schulz, na conferência de imprensa que encerrou o seu encontro com os líderes dos 28, no âmbito do Conselho Europeu. “Uma Comissão sem um equilíbrio de géneros adequado pode não conseguir garantir uma maioria no PE e ser rejeitada”, adiantou.

“Todos têm que assumir as suas responsabilidades. Se a nova Comissão integrar menos mulheres do que a atual, há um grande risco de falhar a maioria no Parlamento”, reiterou. O futuro presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, pediu aos Estados-membros que indiquem mulheres para o executivo comunitário, mas são ainda poucas as designadas pelos 28.

O PE advertiu já por diversas vezes que chumbará um executivo com uma representação feminina inferior àquela verificada na ‘Comissão Barroso’ (nove mulheres). A 1 de agosto, o Governo anunciou que escolheu Carlos Moedas, secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, para integrar a “Comissão Juncker”, restando saber que pasta lhe será atribuída.

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