O lucro da Portugal Telecom (PT) aumentou para 345 milhões de euros no primeiro semestre do ano, o que compara com 284 milhões de euros no período homólogo de 2013, anunciou nesta sexta-feira a empresa. De acordo com o relatório e contas da PT do primeiro semestre, divulgado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), este aumento reflete essencialmente “o ganho registado no âmbito do aumento de capital da [brasileira] Oi” e “menores perdas em empreendimentos conjuntos registados pelo método de equivalência patrimonial”.

Estes efeitos, adianta a PT, “foram parcialmente compensados por o resultado das operações descontinuadas no primeiro semestre de 2013, no montante de 259 milhões de euros, o qual reflete essencialmente o ganho registado no âmbito da alienação do investimento na CTM (310 milhões de euros), outros ganhos líquidos registados no segundo trimestre de 2013 (126 milhões de euros), relacionados essencialmente com a liquidação de obrigações contratuais resultantes da aquisição da Oi”.

Reflete ainda “uma perda registada no segundo trimestre de 2014 explicada pela redução no valor de mercado do investimento na Oi desde maio (71 milhões de euros)”, acrescenta. Já o resultado atribuível a “interesses não controladores” ascendeu a 14 milhões de euros no semestre e 26 milhões de euros nos primeiros seis meses de 2013, “refletindo essencialmente menores lucros dos negócios em África em 2014 até 05 de maio, data em que os mesmos foram contribuídos no aumento de capital da Oi”.

A PT está em processo de fusão com a Oi e, com o aumento de capital da empresa em maio último, os ativos das operações da operadora portuguesa foram integrados na empresa brasileira.

No período em análise, os custos operacionais consolidados ascenderam a 13 milhões de euros, contra oito milhões de euros um ano antes, “refletindo custos mais elevados com serviços de terceiros, relacionadas com a combinação de negócios em curso da Portugal Telecom e a Oi, e maiores impostos indiretos relacionadas com essas despesas”.

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As perdas em empreendimentos conjuntos correspondem à participação da PT nos prejuízos dos empreendimentos conjuntos até 05 de maio, “com base no método de equivalência patrimonial, uma vez que a partir desta data o investimento na Oi passou a estar valorizada a valor justo com base na cotação das ações da Oi, sendo as respetivas variações no valor de mercado do investimento na rubrica ‘perdas em ativos financeiros e outros investimentos’, líquidas.

O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) foi de 12,8 milhões de euros negativos no semestre, o que compara com 7,8 milhões de euros negativos um ano antes,