Durão Barroso recebeu em Bruxelas uma cadeira personalizada no âmbito do projeto “Art On Chairs”, desenvolvido em Paredes para valorizar o mobiliário da região. A cadeira foi desenvolvida pelo designer Paulo Parra e trata-se de uma “cadeira-biblioteca”, criada a partir da frase de Barroso de que o seu objeto de eleição é o livro. “Quando sair da Comissão não só vou ler, mas vou escrever também”, disse Durão Barroso enquanto experimentava a cadeira, referindo-se ao facto de o seu mandato terminar no final de outubro. Em novembro deverá entrar em funções a equipa liderada por Jean-Claude Juncker.

Pouco antes, o presidente da Câmara de Paredes, Celso Ferreira, tinha dito a Durão Barroso que podia usar a cadeira para escrever as suas memórias: “Sou capaz de começar”, respondeu.

A iniciativa “Art on Chairs” levou 11 designers a entrevistarem 11 personalidades para depois criarem 11 cadeiras personalizadas. Paulo Parra criou uma “cadeira-biblioteca” para ter em casa, que em baixo do assento tem umas abas que permitem guardar livros. O designer criou ainda uma cadeira desmontável, que poderá ser usada em viagens. Ao experimentar esta cadeira, Durão Barroso questionou se aguentaria com o seu peso: “O meu peso aumenta, embora o [peso] político diminua”, justificou, entre os sorrisos da sala.

Sobre a cadeira, feita principalmente de madeira, Paulo Parra disse que na sua elaboração preferiu dar atenção a pequenos detalhes, como uma patilha que permite pendurar o casaco ou o facto de a cabeceira ser amovível: “Apostamos nas pequenas subtilezas em vez de fazer uma peça-espetáculo”. Durão Barroso elogiou a cadeira e a iniciativa, considerando que são importantes estes projetos que “acrescentam valor a produções por vezes de carater tradicional”.

A “Cadeira Biblioteca” foi produzida pela empresa de Paredes J. Moreira da Silva & Filhos. Posteriormente será leiloada e o dinheiro entregue às Nações Unidas para as políticas de ajuda aos refugiados.

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