O embaixador do Iraque junto da Santa Sé lançou o alerta para os perigos relacionados com as próximas visitas oficiais do Papa Francisco, consideradas de alto risco, numa altura em que se prepara para se deslocar à Albânia e planeia uma ida à Turquia, países de maioria muçulmana,

“O autoproclamado Estado Islâmico foi claro — eles querem matar o Papa. As ameaças são reais”, disse o iraquiano Habeeb Al Sadr ao jornal italiano La Nazione. “Acredito que o podem tentar matar durante uma das suas viagens ao estrangeiro, ou até em Roma. Há membros do Estado Islâmico que não são árabes. Há canadianos, americanos, franceses, britânicos e até italianos”, avisa.

Na segunda-feira, durante uma conferência de imprensa, o padre Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, desvalorizou as declarações do embaixador e disse que não estavam previstas medidas de segurança extraordinárias durante a visita do Papa à Albânia, no sábado.

Em agosto, o Papa disse ser favorável a uma intervenção no Iraque para defender as minorias do país – incluindo os iraquianos católicos – que têm sido perseguidas e mortas pelos jihadistas do Estado Islâmico. “Nestes casos, em que há uma agressão injusta, só posso dizer que é lícito travar um agressor injusto. Sublinho o verbo ‘travar’, não digo ‘bombardear’ ou ‘começar uma guerra’, apenas ‘travar’” afirmou na altura.

 

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