O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, pediu nesta quinta-feira aos Estados Unidos que atribuam à Ucrânia um estatuto especial de defesa e de segurança que lhe permita reforçar as suas Forças Armadas para responder à agressão da Rússia. “Dada a atual situação, a democracia ucraniana precisa de se apoiar num exército forte. Nesta perspetiva, encorajo vivamente os Estados Unidos a darem à Ucrânia um estatuto especial, um estatuto de parceiro não-aliado”, disse Poroshenko perante o Congresso norte-americano.

As forças ucranianas que combatem os rebeldes pró-russos no leste da Ucrânia “necessitam de mais apoio político de todo o mundo e necessitam urgentemente de mais equipamentos militares, tanto letais como não letais”, disse. “Por favor, compreendam-me bem. Os cobertores e os óculos de visão noturna também são importantes, mas não podemos ganhar a guerra com cobertores, nem tão pouco manter a paz, que é o mais importante”, acrescentou.

Num discurso solene muito aplaudido, Poroshenko advertiu que a Rússia é uma ameaça à segurança mundial: “Se não forem travados agora, vão ultrapassar a fronteira da Europa, uma ameaça absoluta para o mundo”, disse, pedindo aos Estados Unidos que “não deixem a Ucrânia sozinha”.

A anexação da península ucraniana da Crimeia, em março, foi “um dos mais cínicos atos de traição da história moderna” que mergulhou a Europa na pior crise desde há décadas, disse, acrescentando que “de forma nenhuma, a nenhum preço e em condição alguma” Kiev vai aceitar a ocupação.

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