As duas principais fações palestinianas, Fatah e Hamas, chegaram a um entendimento para um Governo de unidade. O acordo foi celebrado no Egito e a missão principal é a de reerguer o território, devastado depois de dois meses de conflito com Israel.

Fatah e Hamas, que controlam respetivamente a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, vão unir-se “de forma imediata”, disse à AFP um membro da delegação da Fatah no Cairo, Jibril Rajub.

As duas já tinham negociado juntas, com mediação egípcia, os termos do cessar-fogo com Israel, em agosto. Uma das condições para o cessar-fogo era precisamente que a Autoridade Palestiniana passasse a administrar Gaza e algumas fronteiras, entre as quais as que separam Gaza do Egito.

O acordo termina formalmente com o domínio do Hamas sobre Gaza, que já durava desde 2007, após o Hamas ter vencido as eleições legislativas palestinianas em 2006. Nesses sete anos, travou três guerras com Israel.

A Autoridade Nacional Palestiniana, liderada por Mahmoud Abbas, vai liderar o Governo de unidade. Estima que sejam necessários seis mil milhões de euros para reconstruir Gaza, destruída depois de 50 dias de conflito com Israel. Também aqui o acordo de unidade é importante:

“O acordo a que chegámos vai tornar mais fácil o trabalho da conferência dos dadores para a reconstrução de Gaza, permitindo que os dadores se sintam seguros quanto à aplicação do dinheiro e controlando com as Nações Unidas a totalidade do processo de reconstrução”, disse Moussa Abu Marzouk, alto responsável do Hamas, falando sobre a conferência que vai ter lugar no Cairo, a 12 de outubro.

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