As autoridades de socorro japonesas revelaram hoje ter recuperado mais sete corpos junto ao cume do monte Ontake, centro do país, cujo vulcão entrou em erupção no sábado, provocando a morte a, pelo menos, 43 pessoas.

As operações de busca foram retomadas hoje junto ao cume do monte Ontake.

As autoridades japonesas decidiram suspender as operações na terça-feira devido ao risco de novas explosões vulcânicas após uma recomendação emitida pela Agência Meteorológica do Japão.

Esta manhã, as forças de autodefesa do Japão (exército) conseguiram fazer pousar um dos seus helicópteros na superfície da montanha, coberta por uma espessa camada de cinza.

A erupção vulcânica no monte Ontake fez pelo menos 36 mortos, mas as autoridades apenas confirmaram oficialmente 12, já que os restantes corpos ainda não foram retirados do topo da montanha e, por conseguinte, o óbito não foi certificado por um médico.

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As equipas de salvamento — cujo contingente conta com várias centenas de efetivos, entre soldados, bombeiros e polícias — esperam recuperar os 24 restantes durante o dia de hoje.

A estação televisiva japonesa Nippon TV avança, porém, que, “segundo testemunhos recolhidos no local, além dos 24 corpos que se encontram no cume, e que carecem de ser identificados, há pelo menos 20 pessoas que estão desaparecidas, o que poderá aumentar consideravelmente o balanço”.

Já o número de feridos, segundo o mais recente balanço oficial, mantém-se em 69.

Centenas de pessoas faziam caminhadas junto ao vulcão no momento da erupção, mas a maioria conseguiu abandonar a zona ou foi retirada designadamente com a ajuda de helicópteros militares.

O monte Ontake, o segundo mais alto vulcão do Japão a seguir ao do Monte Fuji, com 3.067 metros, que se localiza a uma centena de quilómetros da cidade de Nagoya, começou a expelir fumo, rochas incandescentes e cinzas na madrugada de sábado.