Os sindicatos de saúde apresentaram queixas nos tribunais e na inspeção de trabalho devido ao contágio de ébola da auxiliar de enfermagem Teresa Romero e o procurador-geral da região autónoma de Madrid resolveu abrir um inquérito. A investigação visa apurar se as autoridades de saúde cometeram algum delito ao elaborarem as normas dos funcionários dos hospitais para lidarem com o vírus, causando assim a infeção de Teresa e a quarentena do seu marido.

A última denúncia, segundo relata o El Pais, partiu do Sindicato de Auxiliares de Enfermagem que alega que “as normas de saúde prevalecem sobre os protocolos elaborados para o caso do ébola”. Em Espanha, a legislação dita que os responsáveis pelos trabalhadores — neste caso as autoridades de saúde espanholas – estão obrigados a proporcionar-lhes meios materiais e de formação para poderem lidar com as mais diversas situações. Assim, mesmo que como tem sido dito, Teresa Romero tenha tido um descuido nos procedimentos, pode haver um crime imputado à entidade empregadora.

Este sindicato alega que os auxiliares de saúde não receberam “nem informação, nem formação” sobre o ébola. “Existem algumas normas de saúde específicas que estão em conflito com a capacitação para o trabalho que tem sido desleixada [no caso do ébola]”, disse Isabel Lozano, porta-voz do sindicato.

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