A semana passada, durante uma visita de Xanana Gusmão à Indonésia para participar nas cerimónias do 69º aniversário das forças de defesa daquele país e no Fórum de Democracia de Bali, vários órgãos de comunicação social indonésios afirmaram que o primeiro-ministro teria defendido a reintegração de Timor-Leste na Indonésia.

“O primeiro-ministro na entrevista que concedeu a uma emissora de televisão indonésia expressou a sua gratidão por ter sido convidados para a cerimónia e a sua satisfação pela excelente cooperação existente entre os dois países e os dois povos. Não foi feita qualquer declaração no sentido de Timor-Leste querer ser reintegrado pela Indonésia”, afirmou o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Constâncio Pinto.

No comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação condena “veementemente” o “ato irresponsável e desprezível de jornalismo que pode lesar e pôr em perigo a excelente relação entre Timor-Leste e a Indonésia”.

“Timor-Leste e a Indonésia vivem em democracia há mais de uma década e não pode haver democracia sem responsabilidade, os órgãos de comunicação social têm a responsabilidade de reforçar a democracia”, afirmou Constâncio Pinto.

A notícia, amplamente partilhada nas redes sociais, já foi também desmentida pelo vice-ministro da Defesa da Indonésia, Sjafrie Sjamsoeddin, e o jornal responsável pela divulgação da mesma já substituiu a notícia e publicou um pedido de desculpas pelo erro.

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