Administradores do BESI, incluindo o presidente José Maria Ricciardi, reuniram-se recentemente com potenciais interessados na unidade de banca de investimento que era do Banco Espírito Santo e que foi incluída nos ativos que passaram para o Novo Banco aquando da medida de resolução aplicada ao banco. Segundo o The Wall Street Journal, entre os interessados estão investidores da China, Dubai e México.

O interesse destes investidores no BESI foi noticiado pelo jornal norte-americano pela primeira vez em 25 de setembro. As “manifestações de interesse” preliminares já terão, segundo o The Wall Street Journal, evoluído para reuniões entre a administração do BESI e vários investidores. O encontro mais recente foi com investidores de um banco chinês, diz o jornal.

Até ao momento, não existem, contudo, quaisquer ofertas em cima da mesa. As fontes citadas pelo The Wall Street Journal afirmam que as negociações estão ainda numa fase preliminar.

O jornal acrescenta que as fontes indicaram que a tentativa de vender o BESI pode ser em vão caso se o Banco de Portugal opte por uma venda do Novo Banco como um todo, em oposição a uma venda dos vários ativos a investidores diferentes.

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Uma possível venda poderá implicar uma divisão das operações do BESI, eventualmente por áreas geográficas. Mais de 20 pessoas saíram dos escritórios da unidade britânica com o agravar dos problemas em torno do BES e reduziu-se também o número de trabalhadores em Nova Iorque, uma praça financeira onde o BESI perdeu a licença para transacionar instrumentos financeiros, escreve o jornal.

O BESI emprega quase mil pessoas, a maior parte das quais em Lisboa, São Paulo e Londres, mantendo também unidades em Hong Kong, Londres e nos EUA. A 30 de junho, tinha 5,81 mil milhões de euros em ativos sob gestão.