Susan Bibeau, a mãe do autor do tiroteio que aconteceu esta quarta-feira junto ao Parlamento do Canadá, disse que está a chorar pelas vítimas do ataque — as autoridades confirmaram, entretanto, que foi obra de apenas um homem. Michael Zehaf-Bibeau, convertido ao islamismo, matou a tiro um soldado que se encontrava perto de um monumento dedicado à segunda Guerra Mundial, no centro da capital Otava. O suspeito jihadista de 32 anos acabou por ser abatido pela polícia.

A vítima foi, entretanto, identificada: o cabo Nathan Cirillo de 25 anos, segundo o Telegraph, tinha sido reposicionado junto ao memorial há menos de um mês. Em sua homenagem foi criada uma página no Facebook que conta com 130 mil likes até ao momento, além de terem sido colocadas coroas de flores no regimento militar da cidade de Hamilton, a que Nathan pertencia. O ataque fez ainda dois feridos.

Susan Bibeau disse às agências de notícias, esta quinta-feira, que não sabia o que dizer às famílias que ficaram lesadas na sequência do ataque. “Pedimos desculpa”, comentou. “Se estou a chorar é pelas pessoas e não pelo meu filho”. Bideau, juntamente com o marido, tornou público um comunicado onde expressa o horror e a tristeza pelo que aconteceu.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Explicou ainda que o filho parecia perdido e que não conseguia encaixar-se na sociedade. A última que o viu foi há uma semana, altura em que almoçaram juntos. À parte desse evento isolado, Susan não via o filho há cinco anos, motivo pelo qual admite ter poucas informações para dar às autoridades.

Sabe-se agora, explica ainda o jornal britânico, que Zehaf-Bibeau (que nasceu Michael Joseph Hall) tinha antecedentes criminais. Em 2001 foi preso em Vancouver e declarou-se culpado pelo crime de roubo, mas também em 2004 foi detido, agora no Quebec, por ofensas relacionadas com posse de droga.