A representação da Organização das Nações Unidas (ONU) na Bolívia expressou esta sexta-feira “gratidão e reconhecimento” àquele país por ter doado um milhão de dólares para o fundo criado pela ONU para travar a expansão do vírus do Ébola.

“A Bolívia demonstra assim uma vez mais que ocupa um lugar de relevo no mundo, ao ter respondido às palavras do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que disse que a ONU está mobilizada contra o surto de Ébola, um desafio enorme e global que requer uma resposta imensa e global”, lê-se num comunicado da ONU.

O Presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou esta semana a doação de um milhão de dólares às Nações Unidas “para evitar a expansão desta epidemia nalguns países de África”. O donativo foi aprovado por consenso no gabinete de ministros, precisou Evo Morales, que acrescentou tratar-se de uma “participação simbólica, mas que tem muita importância para que todos juntos impeçam que a epidemia chegue à Europa e à América”.

A ONU criou um fundo para combater o vírus do Ébola na África ocidental, mediante o financiamento de ações que não receberam os recursos económicos necessários por outras vias. O organismo está a reunir 1.000 milhões de dólares para este fundo, para somar às ajudas já anunciadas por outros países.

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No caso da Bolívia, Morales assinalou que nas passadas semanas intensificaram a vigilância epidemiológica nos aeroportos e nos terminais de transporte terrestre, além de terem criado três equipas de peritos em epidemiologia nas regiões de La Paz, Cochabamba e Santa Cruz, entre outras medidas.

A Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri são os países mais atingidos pela epidemia, que também já causou mortes na Nigéria, Estados Unidos, Espanha e Mali. O primeiro caso de contágio fora de África foi detetado, no início do mês, em Espanha. A Organização Mundial de Saúde considera que o risco de contágio é baixo tendo em conta que tem de haver contacto físico direto com fluidos corporais (como urina, vómito, sangue ou sémen) de pessoas infetadas.

Como medida de prevenção, em caso de suspeita, a OMS recomenda que sejam reportados às autoridades sanitárias sintomas como febre alta, dores corporais e nas articulações, vómitos, diarreia ou hemorragias.