Um mês e meio depois do novo ano letivo ter começado, há ainda professores em falta nas escolas e alunos sem aulas. De acordo com o balanço divulgado esta segunda-feira à noite pelo Ministério da Educação faltam mais de 200 professores nas escolas com contrato de autonomia e em territórios de intervenção prioritária (TEIP).

Ao todo, a 20 de outubro havia nestas escolas 1.310 horários completos por preencher. Uma semana depois, o Ministério de Nuno Crato revela que, desses, já foram preenchidos 1.086. Estão em processo de seleção e recrutamento 128 horários completos e 96 em processo de aceitação por parte dos candidatos selecionados. Ou seja, neste momento, estão ainda por ocupar 224 horários completos, o que corresponde a 224 docentes.

Além destes, há ainda 160 horários incompletos em processo de seleção pelos diretores das escolas e 89 em processo de aceitação por parte dos candidatos. Feitas as contas são 249 os horários incompletos por preencher, o que não corresponde exatamente a 249 docentes, uma vez que um mesmo professor pode ocupar dois ou mais horários incompletos.

O Ministério da Educação prefere frisar a rapidez do procedimento da bolsa de contratação de escola contínua, em que os contactos com os candidatos são feitos diretamente pelos diretores de escola, e resume que “a grande maioria das necessidades manifestadas pelas escolas TEIP e com Contrato de Autonomia encontram-se preenchidas, estando por satisfazer apenas um número residual de horários, muitos dos quais incompletos e não-anuais pedidos recentemente”.

O arranque deste ano letivo ficou marcado por perturbações ao nível das colocações através da bolsa de contratação de escola, o que deixou milhares de alunos sem aulas a algumas disciplinas. Assim que as escolas tiverem os horários todos preenchidos, os diretores começarão a apresentar as soluções para compensar os alunos pelo tempo e matéria perdidos.

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