Há instituições de Ensino Superior que têm tradicionalmente baixa procura e nem com bolsas de 1.500 euros anuais conseguem atrair muitos alunos. É esse o caso de cinco institutos politécnicos. Em Beja, Tomar, Viseu, Viana do Castelo e Portalegre, o número de bolsas atribuídas ao abrigo do Programa + Superior ficou abaixo do número estabelecido pelo Ministério da Educação.

No caso do Instituto Politécnico de Beja, por exemplo, havia 75 bolsas disponíveis e só foram atribuídas 25. Em Tomar sobraram 41 bolsas, em Viana 38 e em Viseu 22.

O fraco apetite por estas cinco instituições permitiu dar mais bolsas nas restantes sete abrangidas pelo + Superior. A Universidade da Beira Interior lidera com 130 bolsas de 1.500 euros atribuídas, seguida das Universidades de Trás-os-Montes e Alto Douro e Évora (ambas com 128 bolsas). De resto, no Instituto Politécnico de Bragança foram atribuídas 111, no Politécnico de Castelo Branco 92, na Guarda 81 e em Santarém 77.

Ao todo foram atribuídas 1.001 bolsas de 1.500 euros, mais uma do que o definido pelo Governo, para resolver uma situação de empate.

Entre 10 de setembro e 10 de outubro foram submetidas 1.500 candidaturas ao + Superior, um programa inédito que visa atrair candidatos para 12 Instituições de Ensino Superior de regiões do país com menor pressão demográfica, atribuindo uma bolsa de mobilidade no valor de 1.500 euros anuais, “contribuindo deste modo para a coesão territorial e para a fixação de jovens qualificados no interior do país”, resume o Ministério da Educação.

A maior parte das candidaturas partiu das regiões do Tâmega, do Ave, do Grande Porto e Grande Lisboa.

O Ministério da Educação e Ciência, em comunicado enviado esta quarta-feira, “enfatiza a forte adesão das Instituições de Ensino Superior e dos candidatos ao programa, comprovada pelos números e volta a lembrar o contributo crucial destas instituições no desenvolvimento regional do país, incentivando a fixação de mão-de-obra qualificada, a articulação entre o Ensino Superior e a economia local, criando condições para a inserção futura destes jovens no mercado de trabalho e, preferencialmente, no tecido empresarial da região onde estudaram, utilizando melhor a capacidade educativa instalada”.

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