Nascida Alejandro Medeiros Cerezo, Lea T tornou-se na primeira modelo transgénero depois de ter sido descoberta pelo diretor criativo da Givenchy e amigo, Riccardo Tisci. Lea foi encorajada a explorar a sua feminilidade por Tisci. “Uma noite encorajou-me a usar saltos altos numa festa”, relembrou numa entrevista à Vogue francesa. “Fomos comprar sapatos drag queen e descolorámos as minhas sobrancelhas. Foi uma revelação”, contou.

Na altura, Lea trabalhava nos bastidores dos desfiles de moda, assistindo Tisci. Em pouco tempo, passou de desconhecida a musa da moda. A estreia deu-se em 2010, na campanha de outono-inverno da Givenchy. Desde então, tem conquistado passarelas e já foi capa de revistas como a Vogue e a LOVE Magazine, onde surge a beijar a modelo Kate Moss.

Mais recentemente, a modelo brasileira tem sido notícia por ter assinado um contrato para a nova campanha mundial da Redken, uma empresa norte-americana de produtos para o cabelo. “Adoro trabalhar com a Redken porque apreciam todos os tipos de beleza”, disse a propósito do novo contrato. “Acreditam na individualidade, e penso que isso é muito importante”.

Nos últimos anos, a indústria da moda tem feito alguns progressos no que diz respeito à diversidade. Modelos transgéneros, como Andreja Pejić, têm ganho algum protagonismo, e a cantora da Eurovisão Conchita Wurst desfilou para o designer Jean-PaulGautier no início deste ano.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

No entanto, o mundo da moda tem demorado a atualizar-se, como lembra o jornal The Guardian. Recentemente, a atriz vencedora de um Óscar Lupita Nyong tornou-se na primeira mulher negra a representar a marca Lancôme, enquanto Neelam Gill tornou-se a primeira modelo indiana da Burberry, e a conhecida drag queen RuPaul foi protagonista de duas campanhas da marca de cosméticos MAC. Porém, esta será a primeira vez que uma modelo transgénero irá ser a cara de uma campanha a nível mundial.