Isabel dos Santos defendeu junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) o preço que ofereceu para a compra da PT SGPS, 1,35 euros por ação, considerando que a avaliação da empresa só pode ser feita a partir da data da insolvência da Rioforte.

Depois de efetuado o pedido de registo da OPA à PT SGPS pela Terra Peregrin, empresa totalmente detida pela empresária angolana, a empresária continua a considerar que o preço é justo, mantendo a oferta no projeto de prospeto entregue à CMVM, de acordo com fonte conhecedora do processo.

As contas ao prémio oferecido aos acionistas são feitas, no entanto, com base na cotação do último dia de negociação antes do conhecimento da OPA (a 7 de novembro), o que daria um prémio de 11%, ou com base no preço médio das ações da PT SGPS entre a data da insolvência da Rioforte e do dia 07 de novembro, o que representaria um prémio de 18%.

“No entendimento da oferente, os critérios de valorização de mercado considerados na data do anúncio preliminar (9 de novembro de 2014) são os que melhor refletem a nova realidade da PT SGPS, a qual sofreu alterações significativas no valor dos seus ativos no decorrer dos 6 meses que antecederam o mesmo, sendo que qualquer comparação da contrapartida com a evolução da cotação das respetivas ações num período anterior ao anúncio preliminar só poderá ser feita após o dia 17 de outubro de 2014, data da decisão do Tribunal de Comércio do Luxemburgo que determinou a insolvência da Rioforte”, é o entendimento da empresária, segundo a mesma fonte.

Isabel dos Santos explicita também que a oferta é destinada a 100% do capital da PT SGPS, o que representará 23% da CorpCo, e não 25,6% da empresa que resultará da fusão da PT com a Oi.

Falta saber se a CMVM vai aceitar o registo da oferta tal como pedido pela empresária, ou se vai se exigir uma alteração no preço.

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