A poucos meses das próximas eleições, a coligação no Reino Unido mostra fendas profundas entre os conservadores e liberais que estão no poder. Depois de críticas de lado a lado por parte dos líderes David Cameron, conservador e primeiro-ministro, e Nick Glegg, vice-primeiro-ministro e liberal, chegou agora a vez de o secretário do Tesouro dizer que os conservadores estão em “modo de pânico pré-eleição” e que “querem infligir dor desnecessária” ao Reino Unido.

Para Danny Alexander, secretário do Tesouro e liberal, os conservadores estão “ideologicamente comprometidos” a “diminuir o Estado cada vez mais”, acusando os parceiros de coligação do governo de “mudarem o rumo” para tentar agradar aos eleitores do UKIP – “fazendo promessas infundadas nos que diz respeito aos impostos” e “cortar nos planos de gastos do Estado” -, segundo descreve num artigo publicado no The Telegraph.

“Os conversadores olham para 2017-18 como um tubo de ensaio para um Estado mais pequeno, com muito cortes no futuro, Já nós, os liberais, vemos esses anos como anos de viragem, com oportunidades diferentes, com um maior equilíbrio e dar luz às pessoas ao fundo do túnel”, diz Alexander.

Este fim de semana o tom subiu na coligação com os dois líderes do Governo a criticarem-se mutuamente. Cameron enviou uma carta aos seus deputados dizendo que os liberais estão “sem orientação” e que são “incapazes de decidir se querem manter o plano ou desviar-se dele”. O primeiro-ministro pediu ainda ao partido para se manter empenhado na tentativa de conseguir uma maioria conservadora nas eleições de 7 de de maio.

Já Clegg, diz que é “impossível a equilibrar as contas, diminuir o Estado, fazer promessas quanto a baixar os impostos e ao mesmo tempo proteger os serviços públicos que as pessoas apreciam”. O liberal diz que os conservadores se estão a iludir a eles e público “se pensam que conseguem fazer isso”.

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