Os preços do petróleo caíram nesta terça-feira para mínimos dos últimos cinco anos e meio, com a Arábia Saudita a responsabilizar o fraco crescimento económico mundial e a garantir que vai manter a sua política de produção. O norte-americano West Texas Intermediate, para entrega em fevereiro, caiu 2,11 dólares para 47,93 por barril, o valor mais baixo desde o fim de abril de 2009. O europeu Brent, do Mar do Norte, para entrega em fevereiro, baixou 2,01 dólares para 51,10 por barril, mínimo desde o princípio de maio de 2009.

“O mercado continua preocupado com a ausência de sinais do fim do excesso da oferta”, disse à AFP a analista da Nordea Markets, Thina Margrethe Saltvedt. Outro analista, James Williams, da WTRG, admitiu mesmo que a debilidade do mercado possa conduzir os preços do barril de petróleo para os 40 dólares. “Basicamente, há uma preocupação contínua por a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) não cortar a produção, em particular a Arábia Saudita, e por a produção dos EUA continuar a subir”, disse.

O príncipe herdeiro saudita Salman, em discurso pronunciado hoje em nome do rei Abdullah, responsabilizou o fraco crescimento pela queda dos preços. “Este desenvolvimento não é novo no mercado petrolífero e o reino tem lidado com ele de forma firme e sábia”, disse, acrescentando, que a Arábia Saudita vai manter “a mesma abordagem” do mercado. Estas declarações parecem confirmar a determinação de Riade em defender a sua quota de mercado, mais do que reduzir a sua produção, mesmo que isso pressione os preços em baixa.

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