A empresa chinesa Cosco já comprou dois terminais do porto de Pireu, que serve Atenas, e propunha-se adquirir os 67% de capital da autoridade portuária detidos pelo Estado helénico. O processo de privatização do Pireu foi lançado pelo anterior governo de coligação entre conservadores e socialistas, dirigido por Antonis Samaras.
“Tencionamos exortar o governo grego a proteger os direitos e interesses legais das sociedades chinesas na Grécia, incluindo a Cosco”, declarou o porta-voz do Ministério do Comércio chinês Shen Danyang.
Alguns analistas tinham considerado que, se as relações da Grécia com a União Europeia se deteriorassem ao ponto de o país abandonar o euro, Atenas poderia tentar aproximar-se da China. A suspensão da privatização do porto do Pireu pode colocar dificuldades a essa aproximação, deixando a Grécia mais perto, e eventualmente mais dependente, da Rússia.