A escola de samba Beija-Flor ganhou o Carnaval do Rio de Janeiro de 2015, com um desfile patrocinado com dinheiro da Guiné Equatorial e que exaltou aquele país africano.

Dias antes do desfile foi noticiado que a escola recebeu um apoio de 10 milhões de reais (três milhões de euros) por parte do Governo da Guiné Equatorial, mas o presidente da instituição, Farid Abraão, afirmou que recebeu apenas contribuições pessoais daquele país.

Em causa está o facto de o Governo de Teodoro Obiang, há 35 anos a comandar o país, ser suspeito de várias violações dos direitos humanos, algo que motivou o protesto de várias organizações não governamentais.

“Criámos um enredo para falar de um país africano, um país que até então muita gente não conhecia. A nossa questão aqui é o Carnaval, o regime não nos compete. Cuba era odiada pelo mundo democrático e hoje está a ser abraçada”, disse Farid Abraão ao site G1.

O embaixador da Guiné Equatorial no Brasil, Benigno-Pedro Matute Tang, que participou no desfile também negou que o Governo tenha patrocinado o enredo, admitindo apenas que as contribuições para o desfile da escola de samba vieram de “financiadores culturais”.

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Esta é a 13.ª vez que a Beija-Flor ganha o título do Carnaval.

Além da vencedora, desfilarão novamente no próximo sábado as outras quatro escolas mais bem colocadas na pontuação: Salgueiro, Grande Rio, Unidos da Tijuca e Portela.

No último lugar ficou a Viradouro, que baixou para a segunda divisão das escolas de samba do Rio.

Para vencer o Carnaval do Rio, a escola de samba tem de ter bons resultados em sete categorias: harmonia, fantasia, alegorias e adereços, mestre-sala e porta-bandeira, comissão de frente, samba-enredo, bateria, enredo e evolução.