O Banco Central Europeu (BCE) poderia reinstalar o regime vantajoso de financiamento de que beneficiavam os bancos gregos, se Atenas concordasse em prosseguir com o seu programa reformas, explicou nesta quinta-feira o presidente do Bundesbank, Jens Weidmann. A Grécia pediu hoje formalmente aos seus credores o prolongamento do plano de assistência financeira por mais seis meses.

Na carta enviada a Bruxelas, o governo grego assumiu que desejava que o BCE recomeçasse a financiar os bancos gregos, com as mesmas condições que estiveram em vigor até ao início de fevereiro. Os bancos helénicos têm beneficiado de um regime de exceção, que lhes permitia obter empréstimos dando como garantia a dívida pública grega. Depois do fim do regime de exceção os bancos gregos têm mantido a cabeça fora de água graças aos fornecimentos urgentes assegurados pelo Banco Nacional Grego, aos quais o BCE pode igualmente pôr fim.

O presidente do Bundesbank referiu, numa conferência numa universidade alemã, que este plano de apoio contava com condições particulares, claramente definidas, e que se estas forem cumpridas o plano pode ser aplicado de novo. As negociações europeias sobre a situação da Grécia deverão ser retomadas sexta-feira em Bruxelas.

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