Foi a 22 de fevereiro de 1940 que Tenzin Gyatso se tornou o 14º Dalai Lama do Tibete. Ou seja, tornou-se o líder espiritual e político daquele país, que pouco depois se tornaria uma região administrativa da China. Tinha apenas cinco anos quando chegou à posição de Dalai Lama e, a partir dessa posição, teve de lutar pela relevância mundial do Tibete e pela separação do país da China.
Uma tarefa difícil que o pôs em confronto direto com a outra autoridade religiosa do Tibete, o Panchen Lama, que era apoiado pelo regime de Mao Tsé-Tung como legítimo líder político. Assim, Tenzin viu-se obrigado a sair do Tibete e a procurar asilo na Índia.
Mais tarde, à medida que a causa tibetana ganhava notoriedade, também o Dalai Lama, enquanto face mais visível dessa causa, ganhava fama mundial, que o levou – e leva ainda – a viajar por todo o planeta a proferir discursos e a encontrar-se com governantes. Em 1989 recebeu o Prémio Nobel da Paz e, recentemente, depois de completar 79 anos, declarou que sente que vai viver até bem depois dos 100 anos.