A Grécia quer começar a discutir com os seus credores uma extensão do prazo de pagamento da sua dívida pública, diz o seu ministro das Finanças numa entrevista à Associated Press. Yanis Varoufakis garante ainda que a Grécia vai pagar a sua dívida ao Fundo Monetário Internacional (FMI) mas põe em causa os reembolsos ao Banco Central Europeu (BCE).

Os pagamentos ao FMI são prioritários, diz Yanis Varoufakis, e os gregos farão tudo para cumprir as obrigações com o Fundo: “claro que daremos prioridade aos pagamentos ao FMI. Não vamos ser o primeiro país a não cumprir as obrigações ao FMI”.

Já os pagamentos ao Banco Central Europeu, que comprou dívida pública grega no mercado secundário durante o período mais grave da crise da dívida soberana e cujo restante (cerca de 6,7 mil milhões de euros) deve vencer em julho e agosto, a conversa já é outra. Segundo Yanis Varoufakis, estes pagamentos “estão noutro campeonato”.

A Grécia tem de amortizar 1,5 mil milhões de euros de dívida em março que deve ao FMI.

Yanis Varoufakis explicou que terá de discutir com os credores o que fazer em relação ao pagamento dessa dívida ao BCE.

Nesse sentido, diz, e independentemente do acordo de apresentar um plano detalhado de reformas até ao final de abril, o Governo grego vai conversar com os credores sobre uma eventual extensão do prazo de pagamento.

“Pretendemos começar a conversar com os nossos parceiros e as instituições [da troika] sobre a sustentabilidade da dívida e sobre reescalonamento da dívida”, disse.

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