Os últimos ensaios clínicos antes da comercialização de uma vacina contra o vírus ébola vão começar este sábado na Guiné-Conacri.

Estes testes em milhares de pessoas vão ser supervisionados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo ministério da Saúde guineense, Médicos Sem Fronteiras (MSF), Epicentro e Instituto da Saúde Pública norueguês (INSP).

A vacina, VSV-EBOV, foi desenvolvida pela Agência de Saúde Pública do Canadá. A última epidemia do vírus ébola, declarada urgência de saúde mundial em agosto passado, deixou mais de 9.800 mortos sobretudo na Serra Leoa, Guiné-Conacri e Libéria.

“Trabalhamos duramente para chegar a este ponto”, declarou Margaret Chan, diretora-geral da OMS, em comunicado.

“Se esta vacina for considerada eficaz, será uma grande vitória na prevenção contra o vírus ébola”, sublinhou.

A vacinação decorrerá na região da Baixa Guiné, que conta atualmente com o maior número de casos desta febre hemorrágica.

“A epidemia da doença do vírus ébola mostra sinais de recuo, mas não podemos baixar a guarda até termos eliminado todos os casos de ébola”, declarou Marie-Paule Kieny, sub-diretor-geral da OMS, citado no comunicado.

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Kieny coordena a investigação e desenvolvimento de tratamentos contra o vírus Ébola na OMS.

Desde setembro passado, duas vacinas contra o ébola foram avaliadas em 15 países da África, Europa e América do Norte.

A vacina canadiana VSV-EBOV foi homologada em nome da farmacêutica “NewLink Genetics”, antes desta empresa e a “Merck” terem anunciado a sua colaboração, em 24 de novembro.

A segunda vacina mais avançada é a da “GlaxoSmithKline-Bio (GSK)”, denominada ChAd3-ZEBOV. Os institutos para a saúde dos Estados Unidos colaboraram no fabrico.

De acordo com os últimos dados da OMS, publicados na quarta-feira, registaram-se 51 novos casos confirmados da doença na passada semana, contra 35 na semana anterior na Guiné-Conacri. O balanço é de 3.219 casos e 2.129 mortos.