O Presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, pronunciou-se este domingo a favor da criação de um exército europeu, considerando que isso contribuiria para desenhar uma política externa e de segurança comuns perante países como a Rússia.

“Não é um exército para mobilizar de imediato, mas um exército comum dos europeus serviria para demonstrar à Rússia que nós tomamos a sério a defesa dos valores da União Europeia”, afirmou Juncker numa entrevista que é publicada no semanário alemão Welt am Sonntag.

De acordo com o presidente da Comissão, o exército contribuiria assim para o desenho de “uma política externa e de segurança comum e para dar resposta de forma conjunta às responsabilidades da Europa no mundo”, mas sem representar uma concorrência com a NATO.

A ministra da Defesa da Alemanha, Ursula von der Leyen, também já se tinha pronunciado a favor desta ideia em fevereiro, admitindo que não seria, ainda assim, para implementar a curto prazo. Da mesma maneira que está convencida que não serão os seus filhos, mas sim os seus netos, a viver nuns Estados Unidos da Europa, a ministra sublinhou então o objetivo de criar umas forças armadas europeias.

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As declarações de Juncker tiveram já uma reação de um deputado russo, que classificou esta ideia de “paranoia”.

“Estamos perante uma versão europeia de paranoia: declarar a necessidade de criar um exército unido para fazer frente à Rússia, que não tem o propósito de estar em guerra com ninguém”, escreveu o deputado Leonid Slutski, presidente da comissão parlamentar para os Assuntos da Comunidade de Estados Independentes, na sua conta na rede social Twitter.