A ministra do Mar, Assunção Cristas, garantiu que o peso do mar na economia nacional aumentou de 2,7% para 3% e impulsionou a criação de emprego, sobretudo nas indústrias de conservas e transformação de pescado.

À saída da reunião da Comissão Interministerial para os Assuntos do Mar (CIAM), a ministra destacou a avaliação “positiva” da Estratégia Nacional do Mar, aprovada em novembro de 2013, e que tem como principal objetivo duplicar o peso da economia azul no Produto Interno Bruto (PIB) até 2020.

“Nessa altura (2013), o peso estimado no PIB era 2,7%, neste momento, de acordo com a nossa avaliação, já estará nos 3%”, assinalou Assunção Cristas, acrescentando que “o emprego azul passou de 2,3% para 2,8%”.

As áreas dedicadas à transformação de pescado e à indústria conserveira foram “as que cresceram de forma mais expressiva”, mas a ministra realçou que outras áreas relacionadas com os novos usos do mar, nomeadamente biotecnologias, algas e energias renováveis, serão também “áreas de forte expansão”.

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Também a aquacultura “tem muitos projetos em marcha e a serem executados”, envolvendo investimentos da ordem dos 40 milhões de euros, nomeadamente em projetos ‘offshore’.

O Governo pretende licenciar novas áreas ‘offshore’ no Algarve para produção 100% biológica de bivalves e pescado, mas Assunção Cristas não se comprometeu com datas porque os projetos estão a ser alvo de “uma cuidada avaliação ambiental prévia”.

Segundo um documento da CIAM, a indústria de transformação deverá somar 220 milhões de euros entre 2011 e 2015, estando ainda a ser concretizados 56 projetos no valor de 73 milhões de euros até ao final do ano.

Na indústria conserveira, o investimento ronda os 65,2 milhões de euros no mesmo período, incluindo 17 fábricas novas e modernizadas até ao final de 2015.

Os portos de pesca deverão contar com um investimento de 28,3 milhões de euros entre 2013 e 2017 (10,3 milhões entre 2014 e 2015 mais 18 milhões entre 2016 e 2017).

Quanto ao PROMAR, o programa de apoios comunitários direcionado para as pescas, cuja execução ronda atualmente os 66%, a ministra acredita que ainda pode ser executado na totalidade até ao final do ano.

“Continuamos com um trabalho diário de limpeza para saber se tudo o que está aprovado vai efetivamente chegar ao fim, de maneira a desbloquear verbas, porque temos interesses de varias áreas em ter mais fundos e queremos garantir uma execução de 100% do PROMAR”, afirmou.

O novo programa (MAR 2020) ainda não está aprovado porque tem “um calendário diferente ao nível europeu”.