Até ao final deste mês, cerca de 12,7 milhões de euros serão transferidos para as contas bancárias de várias Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS). Tudo graças às 412 mil famílias que, o ano passado, introduziram o número de contribuinte de uma destas entidades no Anexo H da sua declaração de IRS para, desse modo, lhes dedicarem 0,5% da coleta de IRS.

Em comparação com 2010, ano em que as IPSS se puderam passar a candidatar a esta opção — sem terem de abdicar do reembolso IVA, como antes estava previsto na lei –, o número de famílias que fizeram esta opção aumentou 106%. Há quatros anos foram 199.603, lembrou esta quarta-feira o Diário de Notícias. Estes 0,5% em nada afetam o valor que os contribuintes têm a receber, já que é o Estado que abdica da verba.

Do mesmo modo, também a quantia consignada e o número de instituições beneficiadas aumentou. Há cinco anos apenas 112 entidades receberam dinheiro desta via, passando a 843 em 2011, a 946 no ano seguinte, a 1076 em 2013 e, no ano passado, a 2255, que até 31 de março vão receber os tais 12,7 milhões de euros.

Uma quantia que representa mais do quádruplo do valor que, em 2010, foi transferido para as IPSS: 3,12 milhões de euros. Desde então que as verbas não pararam de aumentar. Em 2011 foram 6,54 milhões, que passaram a 7,13 e 9,14 milhões de euros nos dois anos seguintes. No total, o Ministério das Finanças registou este ano 2616 instituições que se candidataram à coleta de 0,5% do IRS.

E no ano passado, escreve ainda o Diário de Notícias, a Liga Portuguesa contra o Cancro foi a IPSS que mais dinheiro recebeu por esta via. Foram cerca de 5,3 os milhões de euros transferidos para a conta bancária da instituição, que é seguida nesta lista pela Acreditar, o Comité Português para a UNICEF, a Confederação Portuguesa dos Bancos Alimentares, a Ajuda de Berço, a Fundação Refúgio Abuim Ascenção, a Cáritas e a AMI.

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