A ministra dos Transportes francesa, Ségolène Royal, reconstituiu o trajeto do avião Airbus 320 que se despenhou nos Alpes franceses e vitimou 150 pessoas. As suas declarações, feitas à iTele, dizem respeito às comunicações estabelecidas entre o controlo aéreo e a tripulação do avião.
O Airbus 320 (voo 4U9525) da companhia Germanwings descola no Aeroporto de El Prat, em Barcelona (Espanha) em direção a Düsseldorf (Alemanha). Transporta 144 passageiros e seis membros da tripulação.
O avião aumenta progressivamente a sua altitude.
O avião passa para a zona de controlo de Haute-Provence. Existe uma comunicação do Centro de Navegação Aérea local com o piloto do avião pedindo-lhe que mantenha os 11.500 metros de altitude a que seguia nos radares, a velocidade cruzeiro normal para aquela área. A torre solicita resposta. O piloto confirma a receção da informação e diz “ok”.
O avião começa a diminuir abruptamente de altitude sem autorização da equipa de controlo aéreo. Não respondeu ao contacto que o Centro de Navegação Aérea tentou estabelecer.
A equipa de controlo aéreo lança o alerta, ao fim de várias tentativas de contactar com o avião que sobrevoa neste momento o sul de França. A mensagem desencadeou o desbloqueio dos meios aéreos necessários para um resgate e busca.
O avião passa pelos Alpes franceses e sobrevoa uma zona particularmente perigosa da região, com difícil acesso. Trata-se de uma área escarpada situada a 2 mil metros de altura, mas com picos que podem chegar aos 3 mil.
Um alegado pedido de socorro terá sido enviado pela tripulação, com o avião a uma altitude de 1.524 metros. Mas a Direção-Geral da Aviação Civil Francesa já desmentiu essas palavras do secretário de Estado dos Transportes francês, Alain Vidalies.
Os meios de socorro aéreo descolam-se até ao local onde o avião se terá despenhado, para averiguar o sucedido.
Os helicópteros da Germanderie chegam ao local acompanhados pela Proteção Civil e avistam vestígios do avião espalhados numa área de cinco hectares.
O ministro do Interior francês Bernard Cazeneuve anunciou a descoberta de uma das caixas negras do avião, algo que aconteceu “poucas horas depois da queda”.