Passos Coelho considera “lamentável” que o sindicato dos pilotos da aviação civil esteja a pôr em causa a negociação que foi feita para evitar a greve da TAP e garante que não houve “intransigência nenhuma” nas conversas com os sindicatos e que estas não vão ser reabertas e que o recurso à requisição civil está fora de questão.

Aos jornalistas, no Museu da Eletricidade, o primeiro-ministro respondeu ao Presidente do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), Santos Cardoso, que acusou o Governo de não ter cedido nas conversas que manteve ao longo dos últimos meses, e nas últimas semanas com maior intensidade.

“Aqui não há intransigência nenhuma”, considerou Passos, sustentando que muitos pontos foram já cedidos nas primeiras negociações.

Além disso, Passos Coelho lembrou que o SPAC foi o único sindicado a marcar greve (de 10 dias a partir de dia 1 de maio). “Eu tenho a certeza que há muitos outros sindicatos que fecharam uma negociação com o Governo e que não estão a perceber porque é que há uma negociação de um sindicato que está a pôr em causa tudo o que foi feito”, acrescentou o primeiro-ministro, que garantiu que o Governo foi “flexível” nas primeiras negociações.

O primeiro-ministro português acrescentou ainda que a requisição civil não é uma hipótese, declarando: “Não vamos andar a fazer requisições civis de cada vez que alguém quiser fazer uma greve, não é para isso que existe a requisição civil. Os pilotos devem pensar nisso. Não é o Governo, são os pilotos é que devem pensar nisso. E eu espero que pensem maduramente nisso”.

Tal como o presidente da TAP disse horas antes, também Passos Coelho afirmou que não está disponível para reabrir negociações com o sindicato dos pilotos, apesar de a greve de dez dias ter um impacto nas contas da empresa: “A empresa está a preparar-se para a greve e espero que ela possa ter o menor impacto possível. Sendo certo que por menor que seja, será grande e seria bastante dispensável”.

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