O treinador Pep Guardiola avisou nesta terça-feira que não volta a Barcelona para ser homenageado, mas para fazer o seu trabalho, tentando qualificar o Bayern Munique para a final da Liga dos Campeões de futebol. “Não estou aqui para receber uma homenagem. Venho fazer o meu trabalho: apurar o Bayern para a final da Liga dos Campeões”, sintetizou o técnico que levou o conjunto catalão a dois títulos de campeão da Europa e do Mundo, duas supertaças europeias e três campeonatos de Espanha.

Guardiola acredita que será “bem recebido, como sempre” que voltou a Camp Nou, que vê como a sua casa, mas também está ciente de que “quando a bola começar a rolar”, na quarta-feira, será tratado “como qualquer treinador rival”. “É inevitável e têm de entender. Não é um jogo normal para mim. Mas isso não me desviou nem um minuto quanto ao que tenho de fazer para o preparar”, vincou o técnico, em conferência de imprensa de antevisão do encontro da primeira mão.

Na sua opinião, a forma de o preparar é continuar a privilegiar a posse de bola, embora reconheça que quarta-feira será mais complicado manter o estilo. Ainda assim, esse será o caminho, caso contrário, entende que isso não seria bom para a sua credibilidade, face à mensagem que tem passado nos últimos anos.

Sabendo que não pode contar com Robben nem Ribery, lesionados, enquanto o ponta de lança Lewandowski ainda está em dúvida, Guardiola assume a ‘dor de cabeça’ provocada pelo valor de Messi: “não se pode parar, não há sistema defensivo ou treinador [que o consiga], é demasiado bom”, afirmou o catalão sobre o argentino.

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O treinador do Barcelona, Luis Enrique, desvalorizou as baixas no adversário, considerando que o conjunto bávaro não se ressente muito com a sua ausência. “O Bayern é uma equipa suficientemente forte para sentir as baixas. Tiveram esse problema durante muitos meses, mas o seu perigo é o mesmo”, justificou, assumindo “muito respeito” pelo rival.

Luis Enrique nega qualquer motivação extra no seu grupo de trabalho por ir defrontar o seu antigo treinador, de quem espera “surpresas que podem complicar a vida” ao Barcelona. “Vamos defrontar uma das melhores equipas da Europa e que tem um estilo diferente desde que chegou o Pep Guardiola. Tentaremos jogar da mesma forma, tanto em casa como fora. Faremos o mesmo que toda a época. Estes jogos decidem-se nos detalhes”, frisou.

Quarta-feira, o Barcelona disputa o primeiro de sete jogos que podem permitir-lhe o ‘triplete’ (Liga dos Campeões, campeonato e Taça do Rei), que pode decidir o sucesso da época.