O comissário europeu Carlos Moedas evocou hoje Mário Soares para afirmar que a adesão de Portugal ao espaço comum europeu “foi um dos dias mais marcantes da história portuguesa”, destacando os progressos do que chamou “Europa invisível”.
O titular da pasta da Investigação, Ciência e Inovação na Comissão Europeia falava no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, no encerramento das celebrações do Dia da Europa, marcado pela ausência do ex-Presidente da República Mário Soares, ao contrário do que estava previsto no programa.
Carlos Moedas recordou Soares que a 12 de junho de 1985, na qualidade de primeiro-ministro, assinou o tratado de adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia, hoje União Europeia, tornando a data “um dos dias mais marcantes da história portuguesa”.
O comissário europeu destacou os “três feitos” da Europa, “a paz, a prosperidade e a liberdade”, considerando que tanto o “pessimismo natural como circunstancial” atual, decorrente da crise económica, “deve ser atenuado em dias” de celebração “como este”.
Para Carlos Moedas, “é dia de celebrar o muito que já foi feito: pequenos progressos, medida a medida, programa a programa”.
Neste contexto, realçou o programa Erasmus, de intercâmbio universitário, e as políticas de concorrência e de apoio à ciência como três contributos importantes para a identidade europeia, apesar de, em seu entender, invisíveis, menos mediáticos.
“Celebremos a Europa invisível!”, exortou, sustentando que “a geração Erasmus é uma geração europeia”, para quem “o projeto europeu é irreversível”.
Para o responsável pelas áreas da Investigação e Inovação, “a ciência será uma das grandes forças para a Europa”, uma vez que “não conhece fronteiras, é universal”.
Na cerimónia, que terminou com um pequeno concerto, estiveram, entre outros, a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, o ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, Luís Marques Guedes, eurodeputados e o ex-comissário europeu António Vitorino.