Miguel Pais do Amaral, único português que enviou ao Governo uma proposta para a privatização da TAP, pretende injetar 325 milhões de euros na companhia aérea. Caso esta oferta seja a vencedora, o empresário pretende adquirir os 34% do capital da TAP que o Estado manterá até 2017 para, depois, os vender na bolsa através de uma Oferta Pública Inicial (IPO) “num prazo de três a cinco anos”.

O plano, divulgado esta quarta-feira pelo Diário de Notícias, prevê ainda que os funcionários da companhia possam adquirir entre 5% a 10% do capital. Ao contrário de David Neeleman, proprietário da Azul, e de Germán Efromovich, dono da Avianca — remetentes das outras duas propostas para a aquisição da TAP –, o português que detém o grupo Leya não tem qualquer experiência no setor da aviação. Para contornar este facto, Pais do Amaral aliou-se, inicialmente, a Frank Lorenzo, antigo proprietário da Continental Airlines.

Esta parceria, agora, existe apenas ao nível da assessoria técnica, escreve o DN. Os 325 milhões de euros que o empresário tenciona injetar na TAP permitirão, como explicou no comunicado enviado na terça-feira ao Público, executar o seu “ambicioso plano estratégico”, com destaque para a “renovação da frota e expansão da rede”. A proposta da Quifel, holding do empresário português, contudo, é a única da qual se desconhecem números.

Porque Neelaman promete que renovará 50 aeronaves da TAP e acrescentará novas aeronaves aos Airbus 350 que a companhia receberá em 2017. E Efromovich garante que introduzirá 50 aviões na TAP, divididos por 12 de um modelo da Airbus: para 2016, aliás, o empresário que detém a cidadania polaca quer introduzir 16 Embraer na Portugália (subsidiária) e 10 outros aviões na própria TAP.

A companhia aérea portuguesa tem uma dívida avaliada em 1.062 milhões de euros, dos quais 700 milhões correspondem a dívida bancária. A TAP fechou as contas de 2014 com um prejuízo de 46 milhões de euros na área da aviação.

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