Vários cidadãos norte-americanos foram detidos no Iémen por rebeldes xiitas nos últimos dias, confirmou este domingo um responsável do Departamento de Estado dos Estados Unidos (EUA), na sequência de uma notícia avançada pelo Washington Post.
O jornal escreveu que os americanos foram feitos prisioneiros pela milícia Huthi e encontram-se numa prisão perto da capital do Iémen, Sanaa, revelando que os esforços dos EUA para garantir a sua libertação estão num impasse, até porque esse objetivo é dificultado pelo facto de Washington não ter ligações diretas para os rebeldes.
Fonte do Departamento de Estado norte-americano disse à agência de notícias francesa que o Governo está a par dos relatos que dão conta de que vários cidadãos norte-americanos foram recentemente detidos no Iémen e que estão a ser feitos todos os possíveis para a sua libertação, sem revelar o número de prisioneiros ou especificar quem os deteve.
“A proteção dos cidadãos americanos no exterior é uma prioridade”, sublinhou a fonte, dizendo que por razões de privacidade e de segurança mais nenhuma informação poderia ser dada.
Segundo o Washington Post, nenhum dos detidos é funcionário governamental dos EUA.
A AFP noticia que três dos prisioneiros trabalhavam no setor privado, enquanto um quarto era um cidadão com dupla nacionalidade (Iémen e EUA).
A força aérea da Arábia Saudita, com o auxílio dos serviços secretos norte-americanos, tem estado a combater a milícia xiita Huthi, que é supostamente apoiada pelo Irão.
Os rebeldes já controlam largas partes do território do Iémen e o seu avanço obrigou o presidente Abedrabbo Mansour al-Hadi, apoiado pelo ocidente, a procurar abrigo em Riade, a capital saudita, no início do ano.
Este conflito já provocou pelo menos duas mil mortes, tendo Washington fechado a sua embaixada em Sanaa em fevereiro e deslocado o seu embaixador e restante equipa diplomática para Jidá, a segunda maior cidade da Arábia Saudita.