A Amnistia Internacional divulgou esta quarta-feira um relatório onde conclui que desde que está a combater o grupo terrorista Boko Haram o exército nigeriano já terá levado à morte de mais de 8 mil pessoas. Algumas das mortes aconteceram por execução sumária, mas a maioria morreu de fome ou falta de assistência médica em prisões e centros de detenção. Esta organização internacional conduziu mais de 400 entrevistas e aponta os nomes dos responsáveis das Forças Armadas do país.

Para a Amnistia Internacional estas mortes representam crimes de guerra, pelos quais os quadros militares devem ser responsabilizados tanto a nível individual como a nível coletivo. A organizarão indicou assim cinco militares de alta patente que estão encarregues de combater o grupo Boko Haram no Norte da Nigéria desde 2012. Para além das mortes, esta organização acusa ainda os militares de terem prendido mais 20 mil pessoas sem qualquer razão e de praticarem atos constantes de tortura nos prisioneiros. A Amnistia entregou a sua investigação às autoridades nigerianas, tal como entregou vários pedidos de informação junto do Governo do país.

Para além de ter conduzido mais de 400 entrevistas com vítimas, familiares, testemunhas e ativistas dos direitos humanos, a Amnistia analisou 90 vídeos e vários fotografias que mostram militares a cometer graves violações. A organização falou ainda com oito fontes militares e terá consultado 800 documentos que mostram as comunicações entre os militares colocados no terreno e os principais postos militares.

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