A Cruz Vermelha Portuguesa inicia esta quarta-feira a formação de 550 voluntários para ensinar 17 mil jovens a adotar comportamentos saudáveis em ambiente balnear.

O projeto, que nasceu há oito anos, já envolveu cerca de 110 mil crianças a nível nacional. Este ano, são 53 as localidades envolvidas, 550 os voluntários a formar – quase o dobro do ano anterior (292) – e cerca de 17 mil as crianças.

Em declarações à agência Lusa, a vice-presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, Cristina Louro confessou que “esta iniciativa faz cada vez mais sentido porque se nota que, apesar de haver muito mais cuidado com o sol, as pessoas ainda não compreenderam a importância que tem não deixarmos, por exemplo, que as crianças, entre as 11 e as 17 horas andem a fazer exposição ao sol”, uma vez que “a pele tem memória e, mais tarde, vão sofrer as consequências de tamanha exposição”.

A formação dos voluntários vai incidir sobre os riscos de exposição solar e vai ser desenvolvida por uma dermatologista, que vai falar sobre temas como o melanoma cutâneo, a proteção para diferentes tipos de pele e as regras básicas da exposição solar.

Esta sessão decorre esta quarta-feira na sede da Cruz Vermelha Portuguesa e tem como objetivo “preparar os responsáveis pela implementação do projeto de verão e dotá-los de conhecimento para que se tornem replicadores [do mesmo] pelos seus grupos de voluntários”, referiu em comunicado a instituição.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Pela primeira vez em oito anos, as mensagens de proteção solar vão chegar a adolescentes, dos 13 aos 17 anos, e a jovens adultos, dos 18 aos 35, e não só a crianças com idades compreendidas entre os cinco e os 12 anos.

“Estas ações eram fundamentalmente dirigidas a crianças dos 6 aos 12 anos, mas como a Cruz Vermelha tem voluntários até aos 35 anos, achamos uma mais-valia o envolvimento destes jovens, na medida em que é uma faixa etária que consegue comunicar com as outras com muito mais facilidade e eficácia”, acrescentou Cristina Louro.

Todos os anos, a Cruz Vermelha conta com centenas de voluntários que acompanham estes grupos de crianças em atividades de verão em ambiente balnear, promovidas pelas autarquias.

Este ano, entre junho e setembro, são 53 as localidades nacionais a beneficiar desta iniciativa. As crianças vão poder usufruir, além dos conselhos, de materiais de índole pedagógica, de proteção solar – loções, bonés e sacos de praia – e de diversos jogos alusivos ao tema da exposição ao sol.

A vice-presidente da Cruz Vermelha, instituição que celebra o 150.º aniversário este ano, espera “um grande sucesso” para esta iniciativa, e sente que há “uma necessidade” de a replicar nos anos seguintes.