A economia mundial deve crescer 2,8% este ano e acelerar no próximo ano para os 3,2%. As economias emergentes continuam a ser responsáveis por mais de metade do crescimento mundial, mas o seu contributo está a diminuir. Índia é pela primeira vez a economia que mais cresce, destronando a China.

Na década de 90 não chegava a um terço, mas após a crise financeira tomaram a liderança: segundo o Banco Mundial, 56,8% do crescimento da economia mundial chegou entre 2011 e 2014 pelas mãos das economias emergentes. Nos próximos três anos, este contributo vai descer para 53,5%.

Tal acontece porque as economias mais desenvolvidas, como é o caso dos Estados Unidos, dos países da zona euro e do Reino Unido, já estão a começar a crescer a um ritmo mais elevado, em especial os EUA que têm uma taxa de crescimento robusta.

Mas não só. O Banco Mundial alerta que vários problemas podem estar no horizonte para as economias emergentes. O crescimento robusto nos Estados Unidos vai levar a uma retirada dos estímulos monetários, o que pode provocar a uma redução dos fluxos de capital para estas economias e ao aumento dos custos de financiamento. Para além disto, estas economias terão ainda de se adaptar aos baixos preços das matérias-primas, como o petróleo, que dão grande parte das receitas de vendas com exportações.

Os países com dívidas mais elevadas, em especial dívida os que contrariam dívida em dólares, poderão estar mais expostos às variações que o Banco Mundial antecipa.

Ainda assim, as economias que mais devem crescer são as maiores economias emergentes, mas com uma novidade: será a Índia quem mais mais crescimento vai ter nos próximos anos, destronando a China como a campeã do crescimento mundial. Depois de alguns problemas, a economia chinesa conseguiu evitar uma queda acentuada do seu ritmo de crescimento anual, mas não se livra de uma redução. Este ano, a China deve crescer 7,1%, baixando para 7% em 2016 e para os 6,9%. A Índia parece estar a aproveitar e, depois de crescer 7,5% este ano, já se antecipa que chegue aos 8% anuais em 2017.

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