Morreu Christopher Lee. A notícia foi avançada pelos meios de comunicação britânicos, segundo os quais o ator de 93 anos estava hospitalizado com problemas respiratórios e falha cardíaca. Morreu no domingo, 7 de junho, em Londres.
Christopher Lee tinha acabado de completar 93 anos – nasceu a 27 de maio de 1922 – e continuava a trabalhar. De acordo com o Guardian, a decisão de divulgar a notícia tão tardiamente prende-se com o desejo da mulher, Lady Lee, que queria informar primeiro todo os familiares. Os dois estiveram casados durante mais de 50 anos.
A carreira cinematográfica foi longa, tendo começado em 1948 com o filme “Corridor of Mirrors”, que também ajudou a escrever. Esteve envolvido em mais de 206 filmes e celebrizou-se por ter protagonizado “Drácula”, em 1958, ao lado de Peter Cushing, e também deu vida a Frankenstein, no filme “The Curse of Frankenstein”.
Em 2001, imortalizou o personagem Saruman, da trilogia “O Senhor dos Anéis”, baseada nos livros de J.R.R. Tolkien. Foi o único integrante do elenco que conheceu o escritor, falecido em 1973. “Conheci-o por acaso, num pub em Oxford onde ele costumava ir”, disse em entrevista. Grande fã dos livros, tudo o que conseguiu foi cumprimentá-lo.
Após a estreia do primeiro filme de “O Senhor dos Anéis”, entrou nos filmes mais recentes de “A Guerra das Estrelas”, como Conde Dooku.
Lee colaborou frequentemente com Tim Burton, quer com pequenos papéis, quer com dobragens. Antes de “The Nightmare Before Christmas” ser um filme, Tim Burton escreveu-o como poema, fez uma animação e convidou Christopher Lee para fazer a narração:
Deixa dois filmes por estrear: “Angels in Notting Hill” e “The 11th”.
“Para mim, fazer filmes nunca foi apenas um trabalho, é a minha vida“, disse em 2013, numa entrevista ao Guardian. “Tenho alguns interesses fora da representação – canto e escrevi livros, por exemplo – mas a representação é o que me faz continuar, é o que eu faço, dá sentido à minha vida“.
Nos últimos anos surpreendeu com um projeto musical de heavy metal e, a cada Natal, lançava uma música dedicada à época, de que são exemplo “Jingle Hell”, ou “Darkest Carols, Faithful Sing’.