O Algarve vai ter um aumento de 190 efetivos da GNR em permanência, entre 15 de junho e 15 de setembro, para reforçar a segurança na época alta turística, segundo dados hoje apresentados em Faro.

Para aumentar a segurança nos grandes eventos a realizar no Algarve, como a concentração motard de Faro, a GNR vai empenhar este verão 386 militares, em regime de apoio não permanente.

Está ainda previsto um reforço da PSP de 18 equipas da subunidade nacional do Corpo de Intervenção (CI), entre 13 de julho e 15 de setembro.

Albufeira, Loulé e Silves são os concelhos que vão beneficiar mais deste reforço, por serem também os locais onde se regista mais criminalidade, sobretudo nos meses de julho e agosto.

“[O aumento] demonstra como há um reforço dos meios de segurança para o Algarve nesta altura do ano e portanto estamos em condições de responder às exigências da quantidade de turistas que nos visitam nesta altura”, declarou a ministra da Administração Interna, Anabela Rodrigues, à margem da apresentação do reforço de verão.

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Segundo dados apresentados pela GNR, entre janeiro e abril deste ano, face ao mesmo período do ano anterior, a criminalidade violenta diminuiu 9,5% no Algarve, para 143 crimes, o que corresponde a menos 15 crimes.

Contudo, durante todo o ano de 2014, a criminalidade violenta e grave na área da GNR no Algarve (que abrange 97% do território e 68% da população residente) desceu apenas 1%, o que corresponde a menos seis crimes.

De acordo com a PSP, a criminalidade violenta no Algarve diminuiu 11,5% no primeiro trimestre de 2015 e o número de detidos diminuiu 10,7%. Em 2014, e face ao ano anterior, este tipo de criminalidade desceu 10%.

A ministra da Administração Interna sublinhou que é necessário “continuar a cimentar a posição de topo de Portugal como país seguro”, dando continuidade ao trabalho das forças e serviços de segurança “na permanente melhoria destes índices”.

Questionada pelos jornalistas sobre o facto de a Federação Nacional dos Sindicatos da Polícia (Fenpol) ter hoje pedido a sua demissão, Anabela Rodrigues não quis fazer comentários.

O presidente da Região de Turismo do Algarve aproveitou para pedir ao Governo para que tenha um “olhar atento” ao Algarve, uma vez que a segurança é “um fator diferenciador” na escolha de um destino turístico, apelando para que haja uma adequação entre o reforço policial e a movimentação das pessoas.

“Continuo a dizer que a mobilidade das forças de segurança não pode ser compatível com o dia 1 de junho e 15 de setembro, tem que haver aqui uma permanente agilização em função das mobilidades, quer dos residentes quer dos turistas”, defendeu Desidério Silva.