Se a Grécia conseguir chegar a um acordo sustentável com os credores, o primeiro-ministro grego não vê razão para a promoção de um referendo no país. Numa reunião com colegas de governo, esta sexta-feira, Alexis Tsipras recusou também eleições antecipadas.

De acordo com a Bloomberg, que cita uma fonte governamental que pediu para não ser identificada, o executivo grego liderado pelo Syria tem condições para continuar, independentemente das dificuldades. Se as medidas que a Grécia vai levar a Bruxelas forem aprovadas, não serão depois sujeitas a referendo.

Um porta-voz do executivo grego já tinha dito esta semana que eleições antecipadas não são uma opção.

O prazo-limite para a conclusão das negociações relativas ao segundo resgate termina no final de junho. Este sábado, Tsipras enviou uma equipa para Bruxelas com o objetivo de chegar a um acordo que evite um default (falha de pagamento) da Grécia que, de acordo com a France Presse, pode estar iminente. Se isso acontecer, será o primeiro default de um país na história da zona euro.

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“Vamos conseguir um acordo… O facto de a delegação grega ir para Bruxelas é um bom prenúncio”, disse o vice-primeiro-ministro grego das Finanças, Dimitris Mardas, ao canal Skai.

Do outro lado das negociações estão a Comissão Europeia, o FMI e o Banco Central Europeu, que aguardam por uma proposta que termine com o impasse que dura há cinco meses. A reunião ganha especial importância depois de esta sexta-feira ter sido noticiado que Bruxelas já está a preparar planos alternativos para o default grego.

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, disse no Luxemburgo que as negociações devem continuar ao nível técnico no domingo, na sequência do agendado encontro para hoje entre os técnicos das instituições (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) e a equipa proveniente de Atenas.