O Departamento de Estado norte-americano divulgou, na noite de terça-feira, quase dois mil e-mails de Hillary Clinton do tempo em que era chefe da diplomacia dos Estados Unidos, cumprindo ordens de um juiz federal.

O Departamento de Estado disponibilizou, através do seu portal na Internet, pouco antes das 21h00 (02h00 em Lisboa), correspondência eletrónica de Hillary Clinton, que tem sido motivo de discussão desde que a aspirante à presidência dos Estados Unidos admitiu, em março, ter utilizado uma conta privada para tratar de assuntos de interesse nacional enquanto desempenhou o cargo de secretária de Estado, entre 2009 e 2013.

Os rivais republicanos acusam Hillary Clinton, candidata às presidenciais de 2016, de ter utilizado uma conta privada de e-mail para manter a correspondência fora dos registos oficiais. Na réplica, a antiga chefe da diplomacia norte-americana argumentou que no final de 2014 enviou 55 mil páginas impressas, correspondentes a 30 mil mensagens, a agentes da administração que vão arquivar a informação e disponibilizá-la ao público, como requerido por lei.

O Departamento de Estado divulgou cerca de três mil páginas, as quais contém mais de 1.900 e-mails, valor que corresponde a 7% do total dos conteúdos a publicar segundo a decisão judicial, indicou o porta-voz do Departamento de Estado John Kirby. Até 31 de outubro metade dos e-mails devem ser divulgados, sendo que a totalidade do arquivo, após a devida triagem, deve estar disponível até 20 de janeiro.

O processo afigura-se complicado, na medida em que as autoridades têm de passar a pente fino cada documento e ter em conta dados sensíveis. Esta tranche de e-mails diz sobretudo respeito a correspondência datada de 2009.

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