O anunciado candidato às eleições presidenciais Paulo Morais teve uma reunião na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e no final declarou que, se chegar a Belém, terá especial atenção às entidades de supervisão e regulação.

“O sistema de supervisão devia ser mais dependente da sociedade civil e menos governamentalizado. O Governo indica o conselho de administração da CMVM, [algo que está] mal, o sistema devia ser “mais aberto” e com maior intervenção da sociedade civil”, vincou o candidato à agência Lusa.

Paulo Morais falava após ter estado reunido durante cerca de uma hora com o presidente da CMVM, Carlos Tavares, na sede da entidade, em Lisboa.

Para o anunciado candidato à Presidência da República, Portugal tem tido problemas ao nível de supervisão em várias áreas, como o setor financeiro, situação que merece análise e ação.

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“Temos tido em Portugal, ao nível da supervisão, alguns problemas de falta de transparência porque a opinião pública não se consegue muitas vezes aperceber do funcionamento das empresas cotadas em bolsa, dos produtos que vendem, e prova disso são alguns problemas que temos tido, nomeadamente no setor financeiro”, acrescentou.

O programa do ex-vice-presidente da Câmara do Porto na corrida a Belém tem quatro linhas fundamentais: combate à corrupção, retomar um conjunto de princípios constitucionais que têm sido esquecidos, o combate pela transparência e o combate à mentira.

A sete meses do final do mandato do atual Presidente da República são já 11 os candidatos que anunciaram a intenção de entrar na corrida a Belém, estando cinco outros em reflexão.

Ainda nenhuma candidatura foi formalizada junto do Tribunal Constitucional, o que pode acontecer até um mês antes das eleições e requer pelo menos 7.500 assinaturas de apoiantes.