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Sócráticos "eufóricos". "Há muitos amigos a ligarem-nos"

Este artigo tem mais de 5 anos

José Lello, Isabel Santos, Augusto Santos Silva reagem à prisão domiciliária. "Para ser justo, devia ser libertado integralmente".

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AFP/Getty Images

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Os amigos de José Sócrates estão “eufóricos” com a saída do ex-primeiro-ministro. “Estou feliz. Agora só falta ser inocentado”, afirmou ao Observador o deputado José Lello. “Há muitos amigos eufóricos. Há muitos amigos a ligarem”, diz a também deputada Isabel Santos.

“Para ser justo, devia ser libertado integralmente. E vem dar razão a José Sócrates que prescinde do ónus que seria a pulseira eletrónica. Estou, apesar de tudo, feliz por ele”, explica Lello, que considera que Sócrates – que faz 58 anos no domingo – não interfirá na campanha. “Quem anda a tentar interferir na campanha recorrendo à situação dele é o PSD. Temo o pior, a tentação do PSD de perverter os princípios fundamentais da separação de poderes”.

Para o deputado, o segundo passo será “a clarificação da situação, ou seja, que ele seja inocentado”. Lello, que visitou várias vezes Sócrates na prisão, lembra “a dureza” da cadeia. “Era horrível”, recorda, considerando  que o ex-primeiro-ministro pode agora dar mais entrevistas. “Se nem os polícias nem a justiça o calaram até agora…”.

O ex-ministro socialista Augusto Santos Silva diz, por seu turno, ao Observador, que “é melhor do ponto de vista pessoal”, mas frisa que “ao fim de nove meses o Ministério Público continua sem fazer a acusação”.

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“Fico feliz pelo eng. José Sócrates”, diz o deputado Renato Sampaio, não acrescentando mais comentários. A notícia chegou aos socialistas pouco depois das 19h e apanhou a comitiva de pré-campanha de António Costa numa arruada nas ruas do Porto.

No Twitter, Estrela Serrano, ex-assessor de Mário Soares-Presidente, reagiu com ironia: “Sócrates agora tem que fazer como Passos: nada de falar de campanha, caladinho é que é”.

Entretanto, o Movimento Cívico José Sócrates “Sempre”, que tem organizado várias manifestações de apoio ao ex-primeiro-ministro, já se pronunciou sobre a libertação de Sócrates, garantido que vai “continuar a sua luta em defesa do ex-primeiro-ministro, até à sua libertação total e incondicional”.

Num texto publicado no Facebook, a organização voltou a defender a inocência de José Sócrates e a insistir na tese de que o ex-primeiro-ministro “foi preso para ser investigado”, “para o denegrirem” e para “o silenciarem” e julgarem “na praça pública”.

Ainda assim, os apoiantes de José Sócrates deixam agora um recado: “Meus amigos o ultimo a rir é o que irá rir mais e melhor, é uma questão de tempo… O ódio, as mentiras as calunias, de que esta a ser vítima não venceram a verdade. Justiça ainda se espera… muita tinta há-de correr“.

http://www.noticiasaominuto.com/pais/446044/defesa-de-socrates-vai-recorrer-da-prisao-domiciliariaO Movimento Cívico...

Posted by Movimento Cívico José Sócrates "Sempre" on Sexta-feira, 4 de Setembro de 2015

Marinho e Pinto, ex-bastonário da Ordem dos Advogados e candidato presidencial, considera, por seu turno, que faz todo o sentido que Sócrates venha agora a ser um fator importante na campanha eleitoral. “Deve entrar [na campanha] na medida em que estão a ser-lhe imputados factos que são também de dimensão política. Se usou dinheiro público em benefício próprio num exercício de um cargo político, isso também é política”, disse na TVI24.

PCP: “Não fazemos leituras políticas”

“É mais um momento do processo de investigação, e tal como nos outros momentos, deve ser feita a separação de poderes entre a justiça e a política”. Foi assim que o líder do PCP, Jerónimo de Sousa, reagiu à libertação de Sócrates. “Da parte do PCP garantimos que não haverá na campanha qualquer tentativa de aproveitamento nem de misturar o que é da justiça com a política, assumimos esse compromisso”, disse aos jornalistas, no final do discurso de abertura da Festa do Avante!.

Jerónimo, que foi o primeiro líder partidário a reagir, acrescentou ainda “fazer votos para que prevaleça a eficácia no processo”. “Não fazemos leituras políticas. É um processo judicial e não o vamos misturar nesta batalha eleitoral. Não confundir as coisas é fundamental. É preciso serenidade e não haver aproveitamento político”, disse.

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, recusou-se a fazer qualquer comentário sobre a alteração da medida de coação aplicada ao seu antecessor, José Sócrates, que passou a estar em prisão domiciliária. “Foi sempre assim: não é hoje que vou abrir uma exceção. Não faço nenhum comentário”, disse Pedro Passos Coelho após a assinatura de um acordo de colaboração entre o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia.

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